No âmbito do PIICIE, no “Laboratório das Emoções” que intervém na promoção do bem-estar dos alunos, refletiu-se sobre saúde mental. Como resultado, a aluna Filipa do 8ºAno redigiu um artigo de opinião.
Boa Leitura!
Liliana Chaves
Suicídio, o que ouvimos falar sobre ele?
Para muitos é alguém tirar a própria vida, para outros é chamar à atenção e até para alguns é um pecado desperdiçar a vida "que Deus nos deu”. Mas apenas quem convive com esse pensamento sabe o grande monstro que é o suicídio. É um monstro que nos vira contra o mundo quando pensamos algo como: “Ele/Ela nem gosta de ti”, “Essas amizades... Nem precisas delas”, “Nenhuma roupa vai ficar bem nesse corpo”, "E essa nota?”, “Nem para estudares serves”. E todos esses comentários não são ditos por ninguém na terceira pessoa, são todos criados pelo pensamento do suicídio. Essa terrível criatura vai aumentar esses pensamentos na nossa cabeça, cada vez mais e mais até ao dia em que o horrível animal vai sussurrar ao ouvido: "Não és mais nada, a morte é o único caminho" levando apenas a duas escolhas: continuar com aquele pesadelo ou acabar com tudo de uma vez resultando, na maior parte das vezes na morte da vítima. Parece um filme de terror, mas na verdade é apenas a realidade para muitos. A criatura apenas pode ser travada trabalhando a saúde mental, algo cada vez mais complicado de se fazer hoje em dia.
Então digo-vos: sempre que o pensamento bater à porta desabafem com alguém pois “deitar” todos os nossos problemas para fora pode acabar por assustar o monstro e fazer com que ele vire costas.
Um dos casos mais recentes relacionados com este assunto foi o suicídio de uma menina, que tem dado que falar nas redes sociais onde todos estão a lamentar a sua morte mesmo sem qualquer intimidade ou confiança. É necessário falar deste assunto delicado, pois muitas pessoas encaram-no como uma piada. O que me incentivou a ter que falar deste assunto tão delicado, mas necessário, pois muitas pessoas ainda encaram o suicídio como uma piada.
Salvar pessoas do suicídio não é só publicar fotos bonitas na internet com frases alusivas ao tema e ir seguindo a nossa vida (real) dizendo: “Ele/a não queria morrer?? Então!!?”, mas sim compartilhar conteúdo que realmente marque as pessoas e ajudar sempre quem pensa nele: no monstro da própria morte.
Filipa - 8ºAno
Revisão: Prof.ª Arminda Afonso e Prof. Daniel Moura